Por Ana Cláudia Oliveira
Ex-policial optou pela vida da arte e hoje espalha o seu talento pelo mundo a partir do Sudoeste
A Casa do Barro, localizada na SQSW 102, bloco B, é um dos poucos locais em Brasília que oferecem cursos de cerâmica decorativa, modelagem de esculturas e peças utilitárias. O limite não para por aí, a criatividade começa na hora que o aluno coloca a mão na massa. As aulas são ministradas pelo artista plástico Paulo de Paula, que decidiu largar a Polícia Militar e em 1990 assumiu o dom de trabalhar objetos de barro como animais, vasos, pessoas entre outros. Formado pela Faculdade de Artes Dulcina de Morais, o professor faz questão de compartilhar experiências e trocar ideias a fim de melhorar e facilitar a vida de artistas e artesãos que trabalham com o barro.
“O espaço amplo é propício para que os alunos possam trabalhar à vontade, aqui eles têm a liberdade de criar conforme a imaginação. As peças são criadas no torno ou modeladas”, explica Paulo. O espaço realmente é adequado. A maioria das residências do bairro não obtém um local reservado para esse tipo de arte, na Casa do Barro o artista tem liberdade para criar. Dois tornos são utilizados na criação durante as aulas. Algumas peças podem ser criadas nele, e podem ser trabalhadas aos poucos, como grandes vasos e outras peças. O torno surgiu há mais de 3.000 anos para ajudar comunidades em grandes produções de utilitários como, pratos, tijelas, vasos e utensílios em geral. Foi uma das primeiras técnicas para a produção em grande escala. Depois de prontas as peças vão aos fornos aquecidos. A temperatura é que dá a tonalidade da peça e finaliza o trabalho do artista. As cores do barro vão de acordo com a argila utilizada que é adquirida pelo próprio artista. O pigmento e o esmalte que finalizam peças e realçam os objetos também são criados no próprio ateliê.
Diversas obras decoram o ambiente. São trabalhos feitos pelos alunos e peças feitas por Paulo ao longo dos anos. Fisionomias são detalhadas e expressivas. Imagens tão exploradas que parecem ter vida, esta também presente na alegria transmitida em peças como As gordinhas da ioga. Nas modelagens de barro que mostram mulheres em posições de ioga é possível achar graça e perceber a liberdade na criatividade e certamente é isso que conquista os admiradores de suas obras.
Fonte: Nosso Bairro - Jornal da Comunidade
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